sábado, 26 de setembro de 2009

O turismo

A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado da Serra do Piripiri, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e 1983, com as feições do homem sertanejo, sofrido e esfomeado, medindo 15 metros de altura por 12 de largura, a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque da Serra do Piripiri, além de enventos como a Micareta, conhecida como Miconquista, e o Festival de Inverno da Bahia, evento de inverno oficial da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão na Bahia.

O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, contém um acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade desde a sua emancipação, além de mostrar a arquitetura preservada da metade do século XX.

Dos vários monumentos, destacam-se: o Monumento ao Príncipe Maxmiliano, o Monumento ao Índio, o Monumento da Bíblia Sagrada, o Monumento às Águas, o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos da Bahia no período do regime militar instalado em 1964, localizado no Jardim das Borboletas (Praça Tancredo Neves) e o Monumento a Jacy Flores.

Este último monumento, além da vida da homenageada, a primeira mulher comerciante legalmente estabelecida em Vitória da Conquista, descendente do casal fundador do Arraial da Conquista, Josefa e João Gonçalves da Costa, relata também a ligação histórica entre Vitória da Conquista, na Bahia e Chaves em Trás os Montes, com trabalhos em faiança portuguesa, representando o brasão de cada uma destas duas cidades. Fazem parte ainda deste conjunto mais de vinte árvores de Pau Brasil, plantadas em 10 de fevereiro de 2004, data da inauguração, representando os índios (moradores primitivos), os colonos e os os atuais moradores.[6]

Entre os atrativos turísticos da cidade, encontra-se o "Poço Escuro", uma reserva florestal sob administração do poder público, com diversas trilhas e flora e fauna preservadas. Na Serra do Piripiri nasce o Rio Piripiri, em torno do qual João Gonçalves da Costa fundou a Arraial da Conquista, em 1783.

O Rio Piripiri também é conhecido como, Riacho da Vitória, Córrego do Poço Escuro, Rio Berruga e Rio "Verruga", em referencia ao Arraial da Verruga, atualmente Itambé, onde fica a sua foz no Rio Pardo.

O Caminho de Santiago do Piripiri é um caminho localizado na Serra do Piripiri, inicia no Ibc-Capinal e finaliza no Poço Escuro, foi implantado pelos Peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela, a Abacs, e representando um dia andando neste caminho na Espanha.

O futebol é o principal esporte praticado em Vitória da Conquista, sendo que os jogos profissionais são disputados no Estádio Lomanto Junior. As corridas de kart, o ciclismo e o caratê são modalidades de esportes muito praticadas na cidade.

Possui estação rodoviária, com linhas diárias para todas as cidades da região e principais cidades do país, além de um aeroporto para aeronaves de médio porte com vôos freqüentes das empresas Passaredo e Trip, para diversas cidades brasileiras.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Violencia Aumenta

Violência rouba a tranqüilidade das cidades do interior da Bahia
por marcos antônio

A violência vem crescendo em Vitória da Conquista, localizada a 509 km de Salvador. O número de homicídios não é informado pela polícia, mas já está sendo registrada uma média de três assaltos diários a ônibus urbanos. Outras ocorrências que se tornaram comum são tiroteios em vias urbanas, seqüestros relâmpagos e execuções.

Na última semana, por exemplo, criminosos usaram pneus para atear fogo em dois homens cujos corpos foram encontrados em um matagal no bairro Vila Imperial. Dos nove postos policiais de bairro, apenas dois funcionam e ainda assim de maneira precária. A explicação oficial é falta de efetivo. Abandonados, eles viraram refúgio para usuários de drogas e bandidos.

“O cotidiano de Conquista agora tem bandidos desfilando pelas ruas e cidadãos se trancando em casa atrás de grades e cercas eletrificadas”, reclama um empresário, cujo filho foi vítima de seqüestro relâmpago este ano. Debatida em sessões na Câmara de Vereadores e criticada por entidades não-governamentais, a violência tem atingido, inclusive, os profissionais dedicados a combatê-la.

Redução – O policial militar Reginaldo dos Santos Dessa, 30 anos, foi morto há pouco mais de um mês quando tentava reprimir uma tentativa de assalto a uma lotérica. Uma das razões apontadas para o crescente índice de criminalidade no município é o reduzido efetivo do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

São apenas 400 policiais para uma população de 308 mil habitantes. Excluídos os militares que estão de licença, em atividade administrativa ou nos destacamentos da jurisdição, sobram menos de 80 policiais efetivos para cada grupo de 100 mil conquistenses. O presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários (Sincavir), Nilson Pinheiro, por sua vez, diz que uma das categorias mais afetadas pela violência é a dos taxistas.

Sentindo-se vulneráveis, estes profissionais costumam fazer justiça com as próprias mãos, como em fevereiro, numa tentativa de linchamento de um bandido após a morte de um colega.

“Cobramos mais investimentos em segurança, bem como aumento de efetivo policial”, listou Pinheiro. A violência preocupa também a representação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Conquista, que chegou a emitir nota lamentando o aumento dos índices de violência no município.

No documento, a entidade exige do Estado “ações concretas no combate à violência” e repudiou a reação violenta da população contra criminosos, alegando que “só o respeito às leis será capaz de evitar que a barbárie se instale”. Para o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, a solução para a violência existe quando há boa vontade das autoridades. “É preciso encontrar uma solução definitiva para que as pessoas parem de morrer antes do tempo”, afirmou.

O subcomandante do 9º BPM, major Ricardo Medeiros, reconhece que a situação não é favorável, mas antecipa que o Batalhão deverá recrutar 140 novos policiais até dezembro, após a conclusão do curso de formação. “Não é ótimo, nem regular, mas é bom. Estamos apostando no aumento de viaturas e motocicletas em circulação pela cidade e em equipamentos tecnológicos para suprir determinados pontos. O centro da cidade está sendo vigiado por meio da central de videomonitoramento”, contou.

Equipamentos – Os lojistas e comerciários aprovaram a idéia. “O comércio só tem a ganhar com isso, pois a falta de segurança inibe muita gente de ir ao centro ou até mesmo sair de casa”, opina o empresário Murilo Peixoto Amaral.

O monitoramento da rede comercial e bancária ocorre todos os dias da semana, em sistema de 24 horas. Por meio de TVs de plasma de 42 polegadas, todas as ações são anotadas e gravadas.

A integração é feita com a Companhia de Ações Especiais do Sudoeste e Gerais (Caesg) e Sistema Municipal de Trânsito (Simtrans), Ouvidoria da PM e Polícia Civil. A base do sistema fica no centro da cidade e é de lá que os operadores vigiam todos os pontos, com recursos que lhes permitem observar em 360 graus, com alcance e nitidez de até 600 metros de distância.

Os dados apurados após a implantação do sistema mostram que ele é uma boa ferramenta. O comando do 9º BPM aponta uma redução na criminalidade de 73% no primeiro mês e de 79,2% no segundo mês de operação dos recursos.

Vitoria da conquista '

HISTÓRIA DA CIDADE

O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoyó, Ymboré e Pataxó. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca*, que vai das margens do Rio Pardo até o Rio das Contas.
Os índios Mongoyó (ou Kamakan), Ymboré e Pataxó pertenciam ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos religiosos. Os Mongoyó costumavam fixar-se numa determinada área, enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.
Os Ymboré, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios - daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras.
Já os Pataxó não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de suas principais atividades. Também praticavam a coleta. Há pouca informação a respeito dos Pataxó.
Os relatos afirmam que os Mongoyó ou Kamakan era donos de uma beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais. Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas, como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres Mongoyó eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam pela qualidade. Os Mongoyó eram festivos, tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.
Ymboré, Pataxó e Mongoyó travaram várias lutas entre si pela ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada era garantia de alimento para a comunidade.
*O nome Sertão da Ressaca pode ser derivado tanto do fenômeno de invasão das águas dos rios sobre o sertão, semelhante ao fenômeno marinho, como da palavra ressaço, que corresponde à funda baía de mato baixo circundada por serras.

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